Foto: Renan Mattos (Diário)
O governo do Estado deve publicar, nesta semana, no Diário Oficial, o estudo de viabilidade para a concessão e instalação de pedágios em toda a RSC-287, de Santa Maria a Tabaí, realizado pela empresa holandesa KPMG.Segundo a Secretaria Estadual de Governança e Gestão Estratégica, a partir da publicação, será dado um prazo de 30 dias para realizar audiências públicas e consulta popular.
A partir das sugestões colhidas, as secretarias envolvidas poderão ou não fazer mudanças no projeto de concessão. A previsão atual é que, até agosto, seja publicado o edital de licitação para a concessão da rodovia à iniciativa privada, para escolher a empresa que assumirá a manutenção e melhorias na rodovia mediante a cobrança de pedágios.
O estudo vai apontar quanto deve ser gasto em obras de melhorias, quantas praças de pedágio são necessárias e qual o valor do pedágio para bancar esses custos, de acordo com o tráfego atual na rodovia e o esperado para as próximas décadas.
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O plano inicial da gestão anterior, do então governador José Ivo Sartori (MDB), era conceder a rodovia por 30 anos e prever que, até o final do prazo, os 215 km fossem duplicados, de Santa Maria até Tabaí. O atual governador Eduardo Leite (PSDB) tem dito que a concessão dessa e de outras rodovias estaduais é prioridade de seu governo. A Secretaria Estadual de Governança e Gestão Estratégica informou ontem que só após a divulgação do estudo da KPMG será possível saber a viabilidade de duplicação de toda a rodovia e em que ano seria possível começar a duplicar cada trecho.
Vamos torcer para que os cálculos apontem que seja viável mesmo duplicar toda a rodovia em 30 anos, pois como a coluna publicou na semana passada, o lucro em 2018 nos pedágios de Candelária e Venâncio Aires foi de R$ 7,5 milhões, um valor muito baixo para bancar a duplicação de toda a rodovia, estimada em R$ 1,5 bilhão.